quinta-feira, 28 de maio de 2009

A ARTE NO TERCEIRO SETOR

A arte é como imã, tem poder de atração e um poder vital que é capaz de brotar nos lugares áridos e surpreender os descrentes.

É desta maneira que a arte vem ganhando terreno no terceiro setor juntamente com o esporte. Assim como a Nave, diversas ONGs no País a utilizam como base de trabalho. Música, artes plásticas, audiovisual, moda, produção de rádio, dança, teatro dão o mote.

Na região Sul do Ceará, na cidade de Nova Olinda, a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri surgiu como um projeto de museu idealizado por Alemberg Quindins e Rosiane Limaverde. Atualmente, é uma Escola de Comunicação e Cultura implantada no Vale do Cariri cearense, com uma vasta produção cultural (programas de rádio e TV e documentários, além da existência de um teatro, gibiteca e do próprio museu) elaborada por crianças e adolescentes. Reconhecida internacionalmente, já foi agraciada com prêmios. A instituição também trabalha a preservação do imaginário popular da região - crenças e lendas.

No campo da dança, a Edisca (Escola de Dança e Integração Social para Criança e Adolescente), que tem à frente a coreógrafa Dora Andrade, começou o trabalho de ensino de dança às meninas do bairro Jangurussu, na periferia de Fortaleza.

A missão trabalhar através de várias linguagens da arte, a busca da cidadania plena, do senso estético e ético, buscando a plenitude do desenvolvimento humano de crianças e adolescentes pobres, bem como de suas famílias e comunidades.
Além de desenvolver a cidadania por meio da expressão cultural e artística, a EDISCA percebeu que precisava preparar seus alunos para este aprendizado. Foi necessário implementar atendimento médico e ambulatorial, odontológico, orientações em nutrição, atendimento psicoterápico (individual e em grupo), palestras de orientação sexual, grupo de apoio a alunos em dificuldade de aprendizagem, além do fornecimento de auxílio transporte, fardamento, medicamentos e artigos de higiene pessoal básica.

Apoiam o projeto o Instituo Airton Senna, Embratel, BNDES, Instituto C&A de Desenvolvimento Social, UNESCO e Governo do Estado do Ceará, entre outros.

O balé já montou diversos espetáculos que são sucesso de crítica e público, como Urbes Favela, Duas Estações e Koiguera.

Portanto, as ONGs fazem o papel do Estado, promovendo cidadania e inclusão social.



Por Joanice Sampaio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário